Chamam a atenção dentre as informações registradas no caderno de Aimé-Adrien Taunay os alimentos consumidos ao longo de sua jornada. A escrita do diário, inclusive,principia num jantar na casa do Conde de Gestas e, ao longo de toda a narrativa, o viajante reservou espaço especial à questão da alimentação. Como a região percorrida por ele era constituída por pequenas e médias propriedades, sítios, com produção de gêneros de subsistência e para o abastecimento da cidade do Rio de Janeiro, Taunay observou pelo caminho plantações de café e cana-de-açúcar.
Para além do mercado exterior, tais produtos e seus derivados - cachaça, aguardente e açúcar - eram consumidos pelas pessoas da região, como se percebe na passagem em que conta que tomou "uma xícara de café com leite e peças de roscas".
Outros gêneros agrícolas cultivados naquelas paragens e anotados pelo viajante seriam alfafa, arroz, banana e laranja. Além disso, a dieta contava com alimentos obtidos a partir da caça: pica-paus, jacutingas, perdizes, papagaios, cervos, saruês e tatus. Ao chegar a Nova Friburgo, o artista foi recebido principalmente por colonos suíços francófonos, que lhe ofereceram pratos de tradição culinária helvética, mas preparados com produtos locais, tais como queijo fresco com farinha de milho, bolo de banana, manteiga fresca passada no pão de milho e panquecas.