Durante sua estadia no Rio de Janeiro, Aimé-Adrien Taunay esteve em constante movimento. No caderno está registrado uma espécie de diário sobre um desses deslocamentos: uma viagem à colônia suíça de Nova Friburgo e região de Cantagalo. Ele e os demais viajantes do período percorriam caminhos já estabelecidos na província, que ligavam localidades do interior entre si e com a capital. Taunay e seus acompanhantes na viagem se valeram de mulas para os grandes deslocamentos por terra, uma vez que as pequenas distâncias ao redor dos locais de parada eram percorridas a pé.
No que diz respeito ao transporte aquático, as embarcações são mencionadas somente para a atravessar a baía da Guanabara do centro da cidade do Rio de Janeiro até Praia Grande, na atual Niterói. Ao longo de todo percurso, Taunay pousou em vendas, estalagens, fazendas, engenhos e casas, por vezes usufruindo de boas instalações, por vezes sendo obrigado a dormir no chão ou sobre de mesas, além de passar frio. Segundo ele próprio, vestia-se mal, “uma casaca ruim com ornamentos gastos”, levando consigo caderno, lápis, coberta, a roupa do corpo.